domingo, 29 de março de 2009

Detachment, desprendimento, desapego...

Ontem percebi que posso viver em qualquer lugar do mundo onde sinta um proposito e algum bem-estar. Nao pertenco nem aqui nem ali e tal nao me incomoda, pelo contrario deixa em mim uma satisfacao leve e funda. Nao pertenco a lugares. Pertenco a mim, aos valores em que me construo e aos ideais que me propelam. Portugal faz parte de mim, no que de seu resta em mim, mas deixei de pertencer a este espaco, ajusto-me e gosto. India apoderou-se de mim sem aviso, onde crava sulcos indeleveis. Valas onde correram aguas tempestuosas e finos fios de de prata. India consumou a transformacao inevitavel e ofereceu-me um tempo de descoberta e de vitoria. Na India ressuscitei ou renasci ou apenas nao morri.
Observo-me a mudar. Desapego-me dos lugares, desprendo-me de mim. Eu sou aquela, alem, a sobrevivente, que pondera novas escolhas, novos objectivos. A vida chegou, finalmente.

Yesterday I realized that i can live anywhere in the world where i feel a purpose and im confortable with. I don't belong here nor there and that doesnt bother me, on the contrary it leaves me a light and deep satisfaction. I dont belong to places. I belong to myself, to the values im built of and to the ideals that keep me on the move. Portugal is part of me, in what of it remains inside me, but i dont belong to this space anymore. I adjust and i like that adjustment. India has taken possession of me and has digged deep channels, where stormy waters and shinny streams have flowed.
(...)

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