terça-feira, 30 de outubro de 2012

Spirit Sex Love - David Deida - Part 1 of 12

Spirit Sex Love - David Deida - Part 1 of 12

"O sexo é maravilhoso." - Bárbara Marciniak

SEXO COM AMOR - ESTA É UMA CHAVE

Sugerimos que mantenham os próprios valores e sejam claros a respeito das coisas para as quais estão disponíveis. Reiterem tais valores e essa clareza sempre. Honrem o próprio corpo, honrem o corpo do parceiro e façam sexo apenas com amor - esta é uma chave. A energia sexual de seus corpos é a sua força vital. É a força do deus ou da deusa dentro de você. Ela contém o segredo dos segredos – é a força criativa.

A maioria dos humanos usa a própria sexualidade de uma maneira que degenera mais do que regenera. Lembrem-se: todas as coisas estão engrenadas – nada está isolado e tudo está ligado a tudo. O que fazem aqui, hoje, afeta todo o globo.

Vocês herdam o projeto original de cada pessoa com a qual fazem sexo, de modo que tem não apenas o próprio projeto para lidar, mas também o do outro. Quando o seu corpo se encontra com o corpo de outra pessoa, os seus chakras são avivados e sua kundalini é tocada. Se a kundalini é tocada apenas nos dois chakras inferiores e não há uma infusão pelo corpo todo, vocês podem se “pendurar” no campo áurico da outra pessoa e ela se “pendurar” no seu campo áurico. É por isso que é muito importante ser seletivo em relação às pessoas com quem farão sexo. Se forem fazê-lo, certifiquem-se de que existe algum tipo de ligação e compromisso e de que vocês planejam que as coisas dêem certo, porque, nestes dias de tempo e energia acelerados, vocês podem assumir tudo de outra pessoa.

Aconselhamos vocês a limparem todos os velhos apegos de seus corpos. Vejam os seus corpos limpos e abençoados e toda a energia sexual de ligações anteriores liberada. Façam todo o possível para liberarem amorosamente todas as ligações sexuais anteriores mantidas em suas vidas. Parem de falar sobre o passado e de energizar antigos parceiros. Libertem-se disso. Se ficarem falando de pessoas com as quais estiveram envolvidas anos atrás, vocês continuam energizando as formas-pensamento delas no campo áurico de vocês, especialmente se tiveram ligação sexual com elas. Isso impede que experimentem um novo agora.

Esse estado é algo semelhante a uma possessão, na qual vocês usam um imã para atrair a energia dessas pessoas, mesmo que não tenham mais contato com elas há vinte anos. Vocês andam em círculos na energia delas. Elas talvez nem sejam nada daquilo de que se lembram, mas vocês recriam suas experiências com elas. Estes são tempos muito enganosos. Vinte anos atrás as coisas eram nostálgicas. Vocês andavam de carro com o rádio ligado – tardes de domingo passeando, tomando coca-cola ou embebedando-se, indo à praia, andando por aí. A vida era apenas uma via rápida, uma grande festa. As coisas mudaram. Vocês tinham, então, tempo livre para sonhar e fantasiar. Havia um imenso espaço entre o tempo em que se pensava em alguma coisa e aquele em que, finalmente, ela acontecia. Levava eons para as pessoas conseguirem o que queriam manifestar. Agora não é mais assim. Agora, sempre que pensam em alguma coisa, vocês se chocam contra ela ao cruzarem o aposento. Ela vem a vocês com essa rapidez. Sejam seletivos. Tenham respeito por essa cápsula de tempo em que se encontram. Há um colapso de tempo e uma mudança na maneira pela qual cada pessoa enxergará a realidade.

Quando vocês usam um lenço de papel, vocês o pegam, assoam o nariz e o jogam fora. As pessoas não são assim. O processo não é tão suave nem tão rápido. Sempre que vocês têm relações sexuais com uma pessoa, ficam ligados a ela. Quando dois corpos se juntam, mesmo que seja por uma noite, há uma fusão de seus campos áuricos. Talvez vocês não tenham entendido isso até agora.

O sexo é maravilhoso. É absolutamente uma das dádivas mais gloriosas que vocês têm, como seres humanos, para descobrir a própria identidade. Porém, precisam aprender a usá-lo. Ninguém os educou nas ramificações do elo energético proveniente da relação sexual. Vocês podem querer realizar algumas cerimônias ou rituais com a intenção de livrar o seu campo áurico da energia das pessoas. A fumigação é um bom ritual para a limpeza do campo áurico. Todas as igrejas o usam. Muitas instituições empregam incenso ou fumaça de algum tipo para limpar energias. A fumaça é multidimensional. Quando você faz fumigações, indica que está dando um passo para limpar, clarear e liberar a energia, de modo que não haja apegos. Vocês podem querer fumigar os seus corpos e as suas casas.

Quando se desligam das pessoas, precisam investir energia neste processo, da mesma maneira que investiram para se unir. Não podem realizar a rotina do lenço de papel e atirá-las para longe. Precisa haver um final. Como fazer isso? Vocês trabalham com a energia da pessoa no nível etérico. Com amor, vocês a abençoam, a liberam e lhe pedem para sair de seu campo, agradecendo-lhe pelas lições que compartilharam.

É uma coisa mais intensa fazer sexo hoje em dia, caso não tenham notado. E se não estão fazendo sexo, provavelmente é um estágio apropriado do seu próprio desenvolvimento. Porém, se não fazem sexo há muito, muito tempo, diríamos a vocês: “Do que estão se escondendo e quais as crenças que têm a respeito de si mesmos que os fazem acreditar que não estão mais qualificados para fazer sexo? A experiência orgásmica envia energias de cura e rejuvenescimento para os seus corpos. Muitas vezes pode causar uma intensa liberação emocional e vocês são inundados de sentimentos.

O sistema endócrino libera todos os tipos de hormônios e substâncias químicas em seus corpos. Algumas dessas substâncias têm a finalidade de ser disseminadas, enquanto outras devem ser mantidas em seus corpos. Quando são mantidas no corpo, este as absorve e o corpo entra numa ordem superior. Vocês se tornam mais autônomos, mais conhecedores. Quando a força vital é conscientemente direcionada para fora, sob a forma de sêmen, é usada para fecundar. Da mesma forma que se vendeu às mulheres a idéia de que não podem evitar a gravidez, se não desejarem ter filhos, aos homens vendeu-se a idéia de que o processo de ejaculação é a única maneira de terem orgasmos. Este é um processo que pode ser retido, sendo os fluidos distribuídos pelo corpo. É uma forma superior de sexualidade, que vem sendo praticada a eons no oriente. Se os homens ejacularem todas as vezes que atingem o orgasmo, perdem a força vital numa versão da realidade.

Se você for homem, quando fizer sexo pode aprender a reter o esperma e não ejacular. Há certas técnicas para fazer isso. Pressionando o períneo, a pequena área entre o ânus e o escroto, a força vital dentro do corpo é retida e o orgasmo muda. Os humanos foram enganados e levados a ter orgasmos genitais, que são experiências localizadas e não experiências de corpo inteiro, cósmicas. Se pensarem em quantos corpos possuem, perceberão que podem experimentar o orgasmo em todos esses corpos. Assim, conforme reconsideram e redefinem o que lhes dá prazer, começam a experimentar diferentes maneiras de receber prazer e saem da área genital.

O esperma é uma força catalítica da existência e todas as vezes que um homem libera esperma, ele está, até certo ponto, exaurindo seu corpo. O ideal seria que o homem ejacula-se por escolha, quando houver necessidade de procriação ou o desejo da experiência. Vocês receberam idéias que os mantêm num estado vibratório muito baixo, que degenera em vez de rejuvenescer. Primeiro, infiltrou-se em vocês a idéia de que o sexo é mau. Depois, foram criadas instituições para perdoa-los por fazerem essas coisas ruins. Vocês possuem essa dualidade movendo-se para a frente e para trás. Muitos homens e mulheres, especialmente no mundo ocidental, não compreendem quão profundamente se encontram imbuídos da idéia de que o sexo é mau. Essa idéia se infiltra em todo o comportamento deles, de modo que fazem sexo apressadamente porque, se estão fazendo alguma coisa ruim, não querem ser apanhados.
Há um equilíbrio, onde vocês encontram o lugar certo. Vocês não sentem culpa nem vergonha, após o evento sexual. É por isso que dizemos que é essencial ter uma profunda ligação de amor com o parceiro. O amor que têm pelo parceiro impede, em geral, a ocorrência de culpa e vergonha. Sem amor, há frequentemente muita culpa e vergonha, e o dano emocional pode ser grande.

Há muitas coisas a explorar na área genital do homem e da mulher. Os orifícios que possuem como aberturas possuem diferentes marcas ou pontos de acupuntura, que podem ser ativados. Isso tem muito pouco a ver com a penetração genital.

Pode também haver uma tremenda excitação quando um olha nos olhos do outro, trocando fitas de DNA. Esta é a conexão do coração para os olhos da alma – o coração da alma. Naturalmente, vocês podem fechar os olhos; porém uma grande quantidade de contato visual muda a experiência. Vocês podem também desejar trabalhar com os chakras, tocando especialmente o chakra do coração um do outro. Coloquem a mão sobre o chakra do coração de seu parceiro e mantenham o próprio coração aberto.
                              Mafalda Mimoso 2008

Conforme se estimulam com os olhos, usam os chakras e ativam os pontos de acupressão na área genital, esses locais tornam-se vivos. Quando vocês os tocam, há uma reação química que os leva a um orgasmo, que se move para fora, para todos os vários corpos que possuem. Isso lhes permite subir a escada para o conhecimento e chegar à própria divindade; significa também permitirem-se explorar um o corpo do outro – para serem completamente livres em relação à forma e expressão dos corpos. Essa é a próxima avenida

Explorem quem vocês são, tencionem aquilo que buscam e façam do tempo em que expressam a própria sexualidade um tempo de alegria. Sexo não é sobre desempenho; é sobre a mais íntima ligação e compartilhamento que pode existir. Não é apenas sobre o “Nossa, você foi o máximo.” Sexo é sobre intimidade, fusão com o outro, enquanto ambos mantêm a própria soberania. É sobre apoiar e ser apoiado, porque isso será essencial ao manterem a própria soberania e redescobrirem o que são o prazer e a alegria. O corpo de vocês começará a relembrar.

Talvez possam mudar o seu foco, durante o ato sexual, para não alcançarem o clímax imediatamente. Divirtam-se e cheguem ao ponto imediatamente anterior ao clímax; depois, sustentem essa frequência, retrocedam até um certo ponto e recomecem repetidas vezes. Passem algum tempo fazendo isso. Quando vocês honrarem o processo, passem horas fazendo isso, porque isso cria uma profunda intimidade e a experiência durará um tempo muito maior. O rejuvenescimento ou regeneração da força vital ocorre quando há horas e horas de intimidade, com os olhos abertos, e vocês aprendem a levar o corpo a fazer aquilo que desejam que façam.

Um orgasmo não é um evento local. Há pessoas que têm orgasmos quando lhes fazem cócegas nas orelhas ou nos pulsos. Vocês podem ter orgasmos ao sonharem. Podem ter orgasmos quando estão fora do corpo. O orgasmo é mal interpretado. Vocês acham que é um evento localizado na área genital. Não é. É um evento cósmico, que tem sido interpretado como sendo localizado, para que vocês não percebam o que ele é. É uma pulsação contínua de divindade – de prazer e de ligação com o pulsar da existência. Assim, ele pode ocorrer em qualquer lugar. Se estivessem realmente sintonizados com a própria sexualidade, comer alguma coisa deliciosa poderia fazer com que tivessem um orgasmo, se vocês fossem totalmente livres. O orgasmo é o auge do apreço pela divindade em todas as coisas.

TERRA
Chaves Pleiadianas para a Biblioteca Viva
Bárbara Marciniak

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Why You Should Read Sarah Thornton’s Top 10 Reasons Not To Write About the Art Market

"This doesn’t happen very often. It’s highly unusual for someone in an industry to critique its inner workings. Think about the uproar Greg Smith’s public resignation letter from Goldman Sachs caused. Closer to home, I’m still shocked by how far the New Museum controversy around the Skin Fruitexhibition reverberated into the mainstream."

Why You Should Read Sarah Thornton’s Top 10 Reasons Not To Write About the Art Market

Dinâmica Coração/Espírito - Victor Hugo



"O espírito se enriquece com aquilo que recebe; o coração, com aquilo que dá."
Victor Hugo


                                                        Mafalda Mimoso 2012

domingo, 7 de outubro de 2012

Exposição - O CHÁ DE ORIENTE PARA OCIDENTE - de 8 de Junho, 2012 a 13 Janeiro, 2013

Lisboa Livre: 8 de Junho, 2012: Inauguração de exposição - O CHÁ DE ORIENTE PARA OCIDENTE

"Aquando da inauguração da Exposição O CHÁ DE ORIENTE PARA OCIDENTE, a Fundação Oriente lança a sua revista em que o tema central é o chá e onde consta um dossier fotográfico sobre o Chá na Índia da autoria de Mafalda Mimoso e Sunil Vaidyanathan, acompanhando um texto de Rosa Maria Peres.
Entrada livre".

Museu do Oriente - Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte)
1350-352 Lisboa

Transportes
Autocarros: 12, 28, 714, 720, 732, 738
Comboio: Alcântara Terra, Alcântara Mar



                                                                                          Mafalda Mimoso 2008

sábado, 8 de setembro de 2012

Jugar otra vez

Dulce y alegre sonrisa, flor que impávida muestra su esbelta figura en lejanos valles en el horizonte, ¿has escuchado el canto de las golondrinas por el empedrado de ciudades que exhalan olor a jazmín del pasado? Querida, los desvelos del corazón y la pasión no entienden de fronteras ni edades, sólo un vago sabor en la lengua de un marinero que jamás pisó tierra firme, pero que lleno de júbilo llegó a un puerto que nunca olvidará. Al final, usted ganó, pero espero que me permita jugar otra vez.

Ahmed Maza, 2012



                                                                                   Mafalda Mimoso 2012

Nassim Nicholas Taleb | Antifragility | Talk with Rolf Dobelli

ZURICH.MINDS FLAGSHIP EVENT 2011


The Republic of Letters



Writing is the art of repeating oneself without anyone noticing.
Nassim Nicholas Taleb, in The Bed of Proscrustes


                                                                                                Mafalda Mimoso, 2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sarcasmo

"El sarcasmo es un traje muy fino. No le queda bien a todo el mundo." Autor desconhecido

terça-feira, 31 de julho de 2012

A clarabóia e o jardineiro

Estou cheia de coisas boas. Coisas que não se trocam por pedras ou metais preciosos. Coisas a que a moeda não chega nunca. Tenho a minha luz acesa. Uma brasa vermelha, estelar, aquece-me.  Não tenho frio e no meu coração habitam tantos seres de Amor. No seu topo, bem no alto, há uma clarabóia que distribui luz por todos os aposentos e sob ela está um quarto vazio há tempo demais. Visito-o todos os dias, deito-me na cama olhando o céu, sento-me à janela olhando o mar e espero pelo dia em que feliz possa cheirar o teu sorriso.
Afastei o desânimo e olho as laranjas sãs que a árvore me oferece. O pomar cresceu este ano selvagem. Sem jardineiro nas nuvens e sem jardineiro na terra.

Lisboa, Dezembro de 2011

                                                   Mafalda Mimoso 2012

Enfeites

Oval, na sua casca fina, nem branca, nem castanha, espera vazio, no seu casulo velho e preto.
Esvaído por um furo, enfeitado para a morte ou para o nascimento, adormece num cesto ou jaz enforcado numa árvore.
Frágil, quebradiço, reciclado entre mezinhas fortificantes ou iguarias mexidas, vê assim a sua vida prolongada.
Até que se rebobine o filme e a semente de vida esgotada retorne, renovada.

Lisboa, Novembro de 2011

domingo, 29 de julho de 2012

Cogumelos mágicos

Há os que cruzam a vida sem possibilidade, probabilidade ou desígnio.
Há os que navegam o rio sem deixar de parar no possível, sem estender o braço ao provável, sem largar a amarra do planeado.
Há os que nem uma coisa, nem outra. O que já foi feito, o que feito foi incontáveis vezes - o provável, diriam muitos - não os impede de se atirarem ao rio. Os bancos de areia, os rápidos, os redemoinhos, as curvas rochosas, os troncos submersos, não lhe são invisíveis, nem desconhecidos o seu alcance e proporção. Não são os sonhos, nem a geografia que lhes alimenta a alma. Eles comem cogumelos mágicos que brilham no escuro.

sábado, 28 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Bola de pêlo


É estranho como anda dentro de mim uma bola de pêlo que não consigo vomitar. Sinto as convulsões, as frases rodopiam na minha cabeça, o coração está dorido e nada sai. Ou sai, o mesmo e para nada. É- me muito difícil viver sem partilha e sem entrega de corpos e almas. Crescem as dúvidas sobre quem é o outro comigo. Adorava que esta história confirmasse a minha teoria do âmago e do resto. E gostava que fôssemos, para cada um, um espaço e tempo de paragem, de liberdade para ser sem medos. Abertos e soltos.
Lisboa, Janeiro 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Aforismo

As melhores mortes, as definitivas, acontecem em camas usadas, às quais voltamos para morrer.
Best deaths, those which last for ever, happen on worn beds, to which we return to die.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Chema Madoz - Fotografia e poesia visual


"Chema Madoz es uno de los exponentes más representativos, en España, de la llamada poesía visual. Sus fotografías suponen un camino hacia la reflexión basada en figuras literarias, tales como la metáfora, la hipérbole o la ironía, figuras que traspasa al mundo de la imagen. Premio Nacional de Fotografía en el año 2000, el fotógrafo madrileño ha alcanzado un gran prestigio nacional e internacional avalado por numerosas exposiciones y varias publicaciones sobre su obra. Chema Madoz ha impartido un taller de fotografía en la Facultad de Ciencias de la Comunicación de Málaga, auspiciado por la Fundación Gacma."

domingo, 18 de março de 2012

Abri as portadas

Entrei na sala escura e colei-me à tela gigante
Abriu-se de pó uma estrada branca na luz quente
Cruzava-se uma diagonal imperfeita,
De baixo para cima, da direita para a esquerda.
Saltei para a garupa seguida de uma carroça
O pó sabia a açucar caramelizado
Os cavalos cheiravam a amoras maduras
E a carga cansada dos tombos queria chegar.
Não sei quem era o homem que me seguia
O focinho colado à minha garupa na falta do mapa
Que nada mais lhe fora dito que seguir e descarregar
Para que se parassem por ora os tombos e as nódoas roxas.
Voei pelas estradas grandes, pairei por baixo das árvores
O verde tomou conta do caminho, o frio da pele
O destino aproximou-se e com ele memórias e sonhos
Mais perto o mar, o papel e os olhares.
Atravessei um lugar medonho, onde se tenta ser feliz
A antiga estrada estreita e a mesma sebe alta e desalinhada
                                                               crescia a meu lado
O portão abriu-se, subiu-se a pequena rampa
A carroça entrou e o homem descarregou.
Vi tudo no chão
Caixas coloridas, livros por ler, roupas antigas,
Quadros queridos, cadernos de notas incompletos
Abri as portadas e de dentro tirei o que não era meu.





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Flores no caminho

Sigo encapuçada há tanto tempo
Que é de outro tempo o pano que me esconde.
Nasci fugitiva da desordem e da vontade
Escondi-me, misturei-me, pareci-me.
Nada era claro, tudo sombras e sons distorcidos.
Fui Alice nos tamanhos e noutras façanhas,
Hoje encolhida, o capuz escorregou
E estavam flores no caminho.