É estranho como anda dentro de mim uma bola de pêlo que
não consigo vomitar. Sinto as convulsões, as frases rodopiam na minha cabeça, o
coração está dorido e nada sai. Ou sai, o mesmo e para nada. É- me muito difícil
viver sem partilha e sem entrega de corpos e almas. Crescem as dúvidas sobre
quem é o outro comigo. Adorava que esta história confirmasse a minha teoria do âmago
e do resto. E gostava que fôssemos, para cada um, um espaço e tempo de paragem,
de liberdade para ser sem medos. Abertos e soltos.
Lisboa, Janeiro 2012
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