domingo, 23 de agosto de 2009

Love, by Aakritee Bhandari Sinh

Love never dies a natural death. It dies because we don't know how to replenish its source. It dies of blindness and errors and betrayals. It dies of illness and wounds; it dies of weariness, of withering, of tarnishing. If you have love in your life it can make up for a great many things you lack. If you don't have it, no matter what else there is, it's not enough.
Love, like truth and beauty, is concrete. Love is not fundamentally a sweet feeling; not, at heart, a matter of sentiment, attachment, or being "drawn toward." Love is active, effective, a matter of making reciprocal and mutually beneficial relation with one's friends and enemies.

Love is patient, love is kind.
It does not envy, it does not boast, it is not proud.
It is not rude, it is not self-seeking.
It is not easily angered; it keeps no record of wrongs.
Love does not delight in evil, but rejoices with the truth.
It always protects, always trusts, always hopes, and always perseveres.
Love never fails.

Where love rules, there is no will to power; and where power predominates, there love is lacking. The one is the shadow of the other.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cavalo de letras

Desconheco os olhos, nao sei se mentem ou se anseiam.
Desconheco os dedos, nao sei se tocam ou se deslizam.
Chega e parte sem aviso, sempre montado num cavalo de letras.

Olhos vitreos

Ela conhece apenas os olhos grandes e vitreos que escrevem as palavras. Olhos sem cheiro, sem textura nem movimento, cujo som que lhes ouve e tao somente o da sua propria voz. Sao olhos vagabundos, presos ao acaso entre outros corpos. Olhos que confessam passados incompletos e amores compensados. Olhos que contam historias de outras mulheres e a levam para a cama com elas. Olhos que viajam sem partida nem regresso e buscam improvaveis aparicoes. Olhos que contam historias pela manha: verdades inverosimeis que alargam os dias incomensuravelmente.

Ficcao

O dia chegou mas ele nao. Escondido atras das palavras e dos silencios imaginou-o. Desenhos invisiveis de um homem que so nela existe. Fora do tempo e do espaco, ficcao pura, escrivivel e realizavel, paginas e footage de uma vida irreal. Prendeu-o nas palavras para o reler. Tracou-o em imagens para o rever.

domingo, 2 de agosto de 2009

Aqui - Sophia de Mello Breyner Andresen

Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos
Musa ensina-me o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente

Deixou-se ficar

Figure of a woman studded with broken tiles at the Rock Garden, Chandigarh, India.Aman Sharma/AP

Feita de pedacos de vidas suas
Saltitante entre as pedras do riacho
Dois pes agora
Um aqui, outro sem saber depois.

Levantou devagarinho a perna
Ainda debaixo de agua sem ninguem ver.
Que fazer agora?
Talvez parar, talvez conter.

Deixou-se ficar.

O melhor de dois mundos

Agosto. Domingo. Duas horas da tarde. Hanna Montana, O Filme para as meninas. Idade do Gelo 3 para os meninos. Antes fosse um Ola e eu nao teria ficado deprimida.
Gosto de cinema, muito, e filmes como este - Hana Montana, O Filme, que sou menina, embora alguns desconfiem - abatem-me, enfraquecem-me.
Preferia que as minhas filhas nao tivessem de ver filmes assim. Nada contra os idolos, nem destes para criancas. Nada contra as respectivas series de tv. Nao dou muita importancia aos primeiros, nem tenho a ultima. Antes os Transformers. Venham os Spidermen. Dos filmes de animacao nao falo, que neste reino sao seres superiores, mesmo quando os esticam ate tres e os enchem de remakes.
Sera que nao se podia ter feito um filme de jeito com esta menina e ate com a mesma ideia? Melhor argumento, melhor fotografia, melhor realizacao? Da musica nao falo que e qualidade da rapariga americana e modus operandi da vedeta. Sera que a culpa e do publico alvo, no qual a forca me incluo e na mouche fui baleada?
Esta visto que ter o melhor de dois mundos e so privilegio da Montana.

http://www.youtube.com/watch?v=Mioye_xjb1g&feature=channel

sábado, 1 de agosto de 2009

Equal
















Why are you not behind the door
Thirsty for yourself
So as to drink in me
What I save just for us?

We are
What no one else
Can feel.
A violet light
That I envelope you in.
A white light
That I support myself in.

I am much more than a body.
It is not me you touch
When you lift me uncovered.
You offer me to the heavens
A piece of light
Naught without you.

Let us run thorough the warm winds
Naked.
Just us.
Without beds, without doors.

I don't think of you
You whom I have.
It is those who escape me
The unknown
Who sweeten my torment.

I adore you
Free woman!
You receive
One who venerates you as
An equal.

I am not in the measured days
In the full hours
I am not in the midst of people
Nor within clothing
I am where I do not see myself
Within you.

Seated before you
I adore myself.
And since I venerate you
You lift me up with you.

Goa, India, 2004

I love you. My children.

The heart grows,
Pushes against the lungs,
Knocks against the bones,
Ruptures the skin.

How I wish you would feel my Love
In my embrace.
Huge
Transcending us.

I plunge into your eyes
So that you may sense me
Whole within you.
For ever
In an eternal leap.

I do not wish to dish out food on to your plates
I do not wish to teach you to read and count.
I wish to kiss you
To cling to you
Invisible
Priestly
In the same geminal love.

Goa, India, 2004

Terceira Pessoa

Singular ou plural sao sinal de distanciamento, espaco, libertacao. O eu e um chato e o tu uma projeccao. Eu, tu, eu, tu, eu. Eu, eu, tu, tu, tu. Desinteressante, monotono, maternal.
Chegara o dia em que eles e elas dominarao a minha vida e nada de mim se sabera.
O eu oculto finalmente podera rir.