domingo, 29 de julho de 2012

Cogumelos mágicos

Há os que cruzam a vida sem possibilidade, probabilidade ou desígnio.
Há os que navegam o rio sem deixar de parar no possível, sem estender o braço ao provável, sem largar a amarra do planeado.
Há os que nem uma coisa, nem outra. O que já foi feito, o que feito foi incontáveis vezes - o provável, diriam muitos - não os impede de se atirarem ao rio. Os bancos de areia, os rápidos, os redemoinhos, as curvas rochosas, os troncos submersos, não lhe são invisíveis, nem desconhecidos o seu alcance e proporção. Não são os sonhos, nem a geografia que lhes alimenta a alma. Eles comem cogumelos mágicos que brilham no escuro.

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