domingo, 1 de novembro de 2009

Outra morte

A manhã acordou escura tal como a noite em que adormecera.
Amarrou-se à cama esperando a morte.
Deu dois passos atrás, colou-se à parede e começou a observar
O corpo recém-emagrecido, o sono curto, a forçada vigília inerte.
Olhar o leito de mais um fim fez discorrer pedaços de vida e ler instruções de suicídios vários.
Olhar o leito de outra morte minimizou o sofrimento e esquissou as próximas.
Mortas se queriam a obrigação, a ansiedade, a inquietação
E os buracos brancos renascidos e virgens.

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