No amor se encontra a razão íntima de sermos.
A águia bicéfala descansa a cabeça exausta
E confia na que desperta lhe mostra o caminho.
Não são precisos mapas, nem livros de instruções,
Não se assina outro contrato que não o da verdade
e da cega confiança no ser.
As incertezas enfraquecem, os vazios desvanecem-se
E tudo acontece no tempo breve do agora
Seguros do caminho percorrido e da senda virgem.
O amor é a cela de onde brotamos, a raiz indestrutível.
Certo que a árvore pode vingar-se sem ramos, nem frutos
E com amor amordaçado se pode morrer sem florir,
Mas não é possível levar para o pó outra coisa
Que não a certeza de que se conheceu o amor.
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